Se sua marca deixasse de existir amanhã, o que o mundo perderia? Essa é uma pergunta ao mesmo tempo provocativa e transformadora.
Quando não há um propósito para a existência de uma marca ou de uma empresa, seu desaparecimento causa somente um vazio no mercado onde atua. Um vazio que pode ser rapidamente ocupado pelos competidores e sem qualquer sentimento de luto por parte dos clientes.
A marca é um nome normalmente representado por um desenho (logotipo e/ou símbolo). As experiências reais ou virtuais, objetivas ou subjetivas vivenciadas pelo cliente atribuem valores específicos às marcas.
Tais experiências, associadas aos benefícios emocionais das marcas, podem levar à fidelização destas, o que facilita as escolhas diárias por um produto específico e nos leva a identificá-las por meio de seus logotipos, símbolos, mascotes, embalagens e cores. Uma marca pode agregar valor emocional a um produto e, desse modo, satisfaz desejos e necessidades dos consumidores.
Todo processo de gestão da marca deve ser orientado com vistas ao desenvolvimento e ao controle de suas diversas expressões mediante a organização de ações estratégicas de construção e de projeção no mercado. Dados do ranking “Brand Footprint”, realizado pela Kantar, empresa líder global em insights, dados e consultorias, apontou a Coca-Cola como a marca mais escolhida em 2021.
É o 10º ano consecutivo que ela lidera o ranking, sendo comprada 6,6 bilhões de vezes durante o referido ano, quantia 3% maior do que o ano anterior, para consumo dentro de casa. A segunda colocação é ocupada pela Colgate, marca que possui o maior registro de presença nos lares, com 57,3%.
O estudo também mostrou que a Colgate é comprada, pelo menos, uma vez no ano pelas famílias. A Maggi fecha o top 3, tendo subido uma posição no ranking geral em comparação a 2020. O aumento está relacionado a seu crescimento em nove de seus dez principais mercados, incluindo Índia e Filipinas.
O sucesso dessas marcas pauta-se nos diversos elementos que podem formar a identidade de uma marca. A seguir, apresento oito importantes elementos que compõem uma marca descrevendo cada um deles e orientando como enxergá-los de acordo com sua importância para seu negócio.
Posicionamento – é a fatia de mercado que a marca define para si mesma no ambiente competitivo. Nome – muito mais do que simplesmente identificar uma marca e comunicar o que ela representa, na contemporaneidade, o nome deve ter sonoridade, ser bonito de ver, de escrever, de digitar e gostoso de pronunciar.
Logotipo – é a forma como se escreve o nome da marca ou a tipologia empregada nessa representação gráfica. A escolha da fonte deve obedecer à essência da marca, o que pode ser visto na fonte mais caligráfica e rebuscada utilizada pela Coca-Cola. Independentemente da tipologia adotada, a percepção da marca pelo consumidor pode ser mais distinta do que se imagina, portanto vale a pena investir um pouco de tempo nesse ponto.
Slogan – para acompanhar os outros elementos: frases curtas e de efeito que identificam a marca. Símbolo – é a imagem ou figura que representa a marca, é a parte que pode ser identificada, mas não lida pelo consumidor.
Embalagem – considerada a roupa da marca, ela carrega potentes elementos de identidade e de diferenciação de uma marca. Registro – a proteção legal da marca é uma etapa de fundamental importância.
Assim, ao dar um nome para a sua marca, acesse o site do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e consulte se há registro dos elementos que você criou. Valor da marca ou brand equity – é a importância agregada à marca em razão da força que conquistou no mercado, o que faz o consumidor pagar para obtê-la, e não um produto parecido sem o nome dela. Praticar uma eficiente gestão da marca requer um bom planejamento e acompanhamento contínuo, visto que a marca deve sempre levar em conta resultados de longo prazo.